terça-feira, 26 de março de 2013

A Bailarina

Nasceu como a maioria
Ingênua, enfrentou dificuldades com alegria de criança
Do sonho alheio viajou para cima
Nas terras do coronelismo passou sua infância
Enfrentou dificuldades junto aqueles que mais amava.

Estremecia o solo
Abalava a estrutura
Mesmo assim, ela deu resposta
Decidiu dançar!
E rodopiando foi conhecer o mundo


Cenas tristes se passaram
E marcas pra sempre ficaram
Jovem de gênio forte
Logo aprendeu a golpear
Mas com a leveza de quem sabia bailar

Construindo sua personalidade
Em meio a consensos autoritários
Filiada escondida ao outro lado
Quis saber qual era o papo
Sem entender lá ficou algum tempo, sem ativismo

Começou a abrir os olhos em meio a escuridão
Com a sensibilidade do mais singelo espetáculo de dança
Aos poucos foi viajando, conhecendo as possibilidades de mudança
Voltava a sua terra com animo
Querendo construir um chão

Muitas vezes se viu perdida
Sozinha na construção de pontes,
que pareciam ligar nada a lugar nenhum
Resolveu pensar, se colocando a dançar
Levantou a cabeça pra melhor espiar

E aqui está,
A Bailarina que sabe lutar
Que aprendeu que pra viver
É preciso Amar!
Suas viagens já possuem objetivos mais claros

Hoje ela é muito forte
Sabe que precisa melhorar
Caminha com serenidade
Auxiliando outros na viagem
Coletivamente vive a estudar

E agora a estrada está a frente
A bailarina segue dançando
A musica muito me agrada
E vou me apaixonando
Construindo o momento que logo está chegando.

Luiz Carlos Machado









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